A FPA (Frente Parlamentar da Agropecuária), liderada pelo deputado federal Pedro Lupion (PP-PR), intensificou a pressão sobre o governo Lula, exigindo uma política fiscal mais sólida e investimentos significativos em infraestrutura. A entidade defende que a solução para a escalada dos preços dos alimentos reside em medidas estruturais, e não em intervenções isoladas.
Entre as propostas apresentadas pela FPA, destacam-se a desburocratização alfandegária, visando agilizar a liberação de mercadorias, e a revisão da tributação incidente sobre fertilizantes e defensivos agrícolas. Tais medidas, segundo a FPA, são cruciais para reduzir os custos de produção e, consequentemente, o preço final dos alimentos para o consumidor.
A FPA argumenta que o governo federal tenta criar uma narrativa de busca por soluções, enquanto o problema central reside no desequilíbrio fiscal do próprio governo, que onera os custos e impulsiona a inflação. A entidade critica a transferência do ônus do gasto público para os produtores rurais como uma medida ineficaz para baratear a comida e viabilizar economicamente a produção.
Além disso, a FPA considera as medidas apresentadas pelo governo como pontuais e ineficazes a curto prazo, especialmente a utilização de recursos internos para zerar impostos sobre produtos importados, sem garantir o reforço ao apoio à produção brasileira. A entidade defende que tal medida não garante o apoio à produção nacional.
"O problema da inflação não é a oferta de alimentos. O governo federal tenta criar a narrativa de buscar soluções, quando o problema está concentrado no seu próprio desequilíbrio fiscal, responsável por onerar os custos e por alavancar a inflação." afirmou a FPA em nota oficial.
A Frente Parlamentar da Agropecuária ressalta a necessidade de iniciar as discussões sobre o novo Plano Safra 25/26, garantindo a implantação total de recursos, o acesso pleno e juros adequados aos produtores rurais brasileiros. A entidade aguarda um retorno do governo federal sobre as medidas estruturantes de curto e médio prazo apresentadas em conjunto com o setor produtivo nacional.
"Não é transferindo o ônus de bancar o desequilíbrio do gasto público do governo para os produtores rurais que teremos uma comida mais barata e uma produção economicamente viável." disse a FPA.
*Reportagem produzida com auxílio de IA